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HoLEP – Enucleação endoscópica da próstata com laser holmium

Atualmente é considerada a tecnologia com melhores resultados para tratamento da doença benigna da próstata.

A próstata é uma glândula que fica localizada logo abaixo da bexiga e após os 40 anos de idade os homens tendem a ter problemas com seu crescimento apresentando dificuldades urinárias tais como jato fraco, esvaziamento incompleto da urina que fica no interior da bexiga, levantam várias vezes para urinar e podem ter inclusive perdas urinárias nas fases mais avançadas da referida doença. O tratamento inicial é feito com uso de medicações que tanto diminuem o tamanho da próstata como auxiliam na abertura da saída da bexiga, no entanto, alguns anos após o tratamento clínico alguns pacientes tendem a não responder de maneira favorável e necessitam realizar cirurgias, sejam abertas (com cortes) ou endoscópicas (através da uretra).

Duas técnicas foram consagradas durante muitos anos como as técnicas de eleição para o tratamento cirúrgico da próstata: a prostatectomia trans-vesical (PTV) que retira a próstata através de uma incisão na parte inferior do abdome para acessar a bexiga e em seguida a parte interna da próstata é removida digitalmente e com auxílio de instrumentos cirúrgicos, nesta técnica a recuperação dos pacientes é mais lenta, tem mais chances de complicações, além de uma cicatriz que ficará no abdome mesmo após a cicatrização completa. A outra técnica chamada de ressecção endoscópica da próstata (RTUp) é realizada através da uretra ou canal do pênis como é conhecido pelos leigos, e neste caso o procedimento traz resultados mais favoráveis, com menos chances de complicações e menor tempo de uso da sonda vesical que habitualmente permanece por 2 ou 3 dias após a cirurgia.

Ao longo dos últimos anos e com a evolução da engenharia médica novas técnicas cirúrgicas para cirurgias de próstata vem surgindo e dentre elas tem se destacada a técnica chamada de HoLEP – enucleação endoscópica da próstata com laser holmium. Apesar desta tecnologia ser relativamente nova no Brasil, ela foi inicialmente publicada na década de 90 na Nova Zelândia por dois médicos urologistas chamados Peter Gilling e Mark Fraundofer que inicialmente utilizavam o laser holmium para fragmentação de cálculos urinários e posteriormente começaram a utilizar esta fonte de energia para enuclear a parte interna da próstata e retirar do interior da bexiga com um equipamento chamado morcelador. Dentre as principais vantagens desta cirurgia podemos destacar a rápida recuperação do paciente que habitualmente permanece apenas 1 dia no hospital e já recebe alta sem o uso da sonda vesical. Outra grande vantagem é a quantidade de tecido interno da próstata que é retirado no intuito de facilitar o jato urinário e menores chances de sangramento durante e após o procedimento.

A escolha da técnica cirúrgica deve ser sempre uma decisão compartilhada entre médico e paciente visando melhores resultados, menores complicações e melhor custo benefício. Outro fator importante a ser utilizado como parâmetro é o tamanho da próstata que normalmente pode ser medido através de um bom exame de ultrassonografia ou ressonância magnética da próstata.

As evidências científicas tem sido cada vez mais favoráveis para consagrar o método como o novo padrão ouro para o tratamento da hiperplasia benigna da próstata e com isso tanto a Sociedade Americana de Urologia (AUA) como a Sociedade Européia de Urologia (EUA) consideram o HoLEP como nível 1 de evidência para o tratamento do crescimento benigno da próstata. Se você está passando por problemas urinários e tem crescimento benigno da próstata consulta seu urologista e discuta com ele todos estes fatores e disponibilidade de utilizar esta nova tecnologia.