(92) 99292-8866 | (92) 3584-3377

Home > Tratamentos > Está perdendo urina? entenda o que pode ser e como tratar.

Está perdendo urina? entenda o que pode ser e como tratar.

A incontinência urinária, doença que atinge milhares de homens e mulheres em todo o mundo e em diferentes idades durante a vida. A incontinência urinária é definida como a perda involuntária de urina, ou seja, sem vontade própria do paciente, gerando transtornos sociais e econômicos aos pacientes que são acometidos, podendo até comprometer um fator psicológico importante dos pacientes pelo constrangimento social causado frente as demais pessoas. A perda de urina não pode ser considerado um problema comum da idade como muitas pessoas pensam, ao contrário, esta doença tem cura e tratamentos específicos que podem e devem ser estabelecidos por uma equipe multidisciplinar composta por urologistas, ginecologistas e fisioterapeutas.

A incidência na população varia com a idade e com o sexo acometido, podendo variar de 5% nos homens submetidos a cirurgia de prostatectomia radical para o câncer de próstata até 35% das mulheres pós menopausadas durante algum esforço físico. Nos idosos geralmente os números são maiores e atingem ambos os sexos, devido principalmente as alterações degenerativas das fibras musculares da bexiga e do esfíncter urinário, causando contrações involuntárias da bexiga semelhante a “arritmias”, chamadas de hipercontratilidade. Este problema pode ser detectado através de exames específicos chamados de avaliação urodinâmica ou estudo urodinâmico, solicitados pelos urologistas e ginecologistas e realizados através de duas pequenas sondas no canal urinário (uretra) e conectados a um computador com um programa específico, para avaliação do fluxo e pressão no interior da bexiga.
A incontinência urinária pode ser classificada em três tipos: incontinência de esforço, incontinência de urgência ou incontinência mista, quando os dois primeiros tipos estão associados. A incontinência de esforço é caracterizada pela perda de urina aos esforços físicos incluindo a tosse, espirro, gargalhadas, esforços físicos durante o trabalho ou até mesmo durante as relações sexuais. A incontinência de urgência é caracterizada pela vontade súbita e incontrolável de urinar, deixando o paciente geralmente em situações constrangedoras pois não consegue segurar a urina até chegar ao banheiro. Mais da metade dos casos são classificados em incontinência de esforço e geralmente os casos exigem tratamentos como fisioterapia do assoalho pélvico, medicações para conter a urina na bexiga e até mesmo cirurgias para elevar a uretra e corrigir a deficiência do esfíncter natural do paciente. As técnicas de cirurgias para incontinência urinária tiveram um grande avanço nas últimas décadas, evoluindo desde grandes cirurgias na bexiga e períneo até pequenas cirurgias denominadas de “slings”, que são pequenas telas implantadas abaixo da uretra para conter a urina na bexiga.
Dentro os principais fatores que contribuem para incontinência estão a obesidade, sedentarismo, múltiplas gravidezes, constipação intestinal e a menopausa. Desta forma os pacientes devem evitar os fatores de risco e buscar tratamentos específicos e com profissionais capacitados para evitar estágios avançados da incontinência urinária.

Especificamente em relação aos pacientes submetidos a prostatectomia radical como forma de tratamento para o câncer de próstata, a reabilitação pode durar até 1 ano após a cirurgia com a utilização de exercícios fisioterápicos (cinesioterapia e biofeedback) além de medicações que inibem a contração da bexiga, retendo a urina no interior da bexiga por mais tempo. Nos casos que não recuperarem a continência, os melhores resultados são obtidos através da implantação de um esfíncter artificial na uretra do paciente, que pode ser controlado através de um dispositivo na bolsa escrotal com acionamento pelo próprio paciente. Além do esfíncter artificial podemos utilizar nos casos de incontinência masculina leve, o “sling masculino”, que é uma espécie de tela colocada na parte inferior do uretra masculina, e tem o objetivo de comprimir a mesma e evitar a saída involuntária da urina.