A ejaculação precoce ou ejaculação rápida é a ejaculação que ocorre logo após a penetração ou até mesmo antes, sem que o homem tenha controle desse evento.
Para caracterizar o distúrbio, é preciso que o episódio se repita com frequência e o homem não consiga satisfazer a parceira em pelo menos 50% das relações. Em certos casos, o descompasso é provocado pelo fato da mulher necessitar de mais tempo para atingir o orgasmo. Muitas vezes, nem o próprio paciente sabe dizer quanto tempo leva para ejacular, mas as pesquisas indicam que o homem sem problemas leva, em média, de dois a quatro minutos para chegar ao orgasmo.
A principal causa da ejaculação precoce é a ansiedade. Embora parte dos indivíduos consiga controlá-la durante o ato sexual, a grande maioria dos ejaculadores precoces é ansiosa. O problema é que quanto mais repetidas forem essas ejaculações, mais ansiosos eles ficam, mais adrenalina produzem e mais rápido ejaculam. Em alguns casos, a ansiedade é tanta que acabam desenvolvendo algum tipo de disfunção erétil.
Nenhuma teoria sobre as causas orgânicas da ejaculação precoce foi comprovada. Sabe-se, porém, que algumas doenças neurológicas podem provocar o distúrbio.
A ejaculação precoce é comum na adolescência pois a falta de experiência, o medo do mau desempenho ou de que alguém apareça de repente, entre outros fatores, criam um estado de ansiedade que acelera o momento da ejaculação. A tendência é o problema desaparecer à medida que são superados esses obstáculos. A ejaculação precoce secundária pode acometer homens de qualquer idade, com tempo de ejaculação normal, mas que por algum motivo se tornaram mais ansiosos. Em uma pesquisa compreendendo mais de 12 mil homens, idade variando de 50 a 80 anos, 46 % declarou ter algum problema ejaculatório e 59% estavam incomodados com o problema. A ejaculação precoce foi o mais comum com índices de 30 a 40%. Alguns trabalhos citam que cerca de 75% dos homens sofrerão de EP em algum momento de suas vidas.
O tratamento inclui psicoterapia associado ao uso de antidepressivos, que aumentam a quantidade de serotonina no cérebro. O que se espera é que ele seja eficaz para baixar o nível de ansiedade e aprender a controlar a resposta ejaculatória. Nesse processo, é muito importante contar com a ajuda de uma parceira cooperativa e a medida que o casal tem um relacionamento mais estável o problema tende a diminuir ou até mesmo desaparecer. As medicações devem ser prescritas e orientadas pelo médico urologista pois existem alguns efeitos colaterais que podem ser minimizados e excluídos de acordo com o perfil de cada paciente. Outro tipo de tratamento é o uso de creme, gel ou spray com base em lidocaína, um conhecido anestésico local, para o tratamento de EP já foi bem estudado e seu papel já está bem estabelecido. A eficácia para retardar a ejaculação é modesta podendo apresentar efeitos colaterais como: redução da sensibilidade da glande, absorção vaginal e possível anestesia de mucosa vaginal gerando um problema de retardo no orgasmo feminino. Mais recentemente tem-se utilizado medicações que tratam a disfunção erétil ou impotência sexual para complementar o tratamento da EP, especialmente nos pacientes acima de 45 anos e que adquiriram a EP de forma secundária a impotência.
Por fim é importante ressaltar que a EP tem tratamento e cerca de 68% dos pacientes que aderem as medicações e orientações médicas tem desempenho sexual satisfatório para si mesmo e sua parceira sexual.